Wednesday, July 09, 2008

Tempestade... repetida

Conseguirás desafiar o amanhã a meu lado ?


Estava tão habituado a sentir o vento através de mim, que nunca tinha sentido prazer de estancar o frio, proteger-te pequenina e tornar-me então teu impermeável e desta feita sentir o calor que vem de dentro. Espanta-me ainda teu sorriso e agarrar-me forte de olhos fechados, estás a habituar-te a mim, a mim que nunca soubera preocupar-me com alguém para além de mim.



E se eu for a força deste mundo, mais demolidor que qualquer outra força que alguma vez se tenha visto, se for capaz de voar, explodir, engolir, afogar, perfurar, morder, esmagar, matar. Assustador a liberdade que me deram, vejo o que me corre nas minhas veias, tão igual e ao mesmo tempo tão diferente que todos os outros que aceitam os dias e o bem como segurança, como medida acertada, a revelação de ter em mim a escolha, de enfrentar todos os mundos, comandar rebeliões, novas guerras e revoluções quero me vivo, para escolher matar, destruir anular criações, é essa a minha obra de arte, a aniquilação e desafio de ser julgado não por homens, por esses não serei tocado.


Mandarei bilhetinhos de amor, como outrora o Jack mandou à Scotland Yard, e serei julgado como victima, por ser tão parecido com todos os outros que em frenesim e medo que lhes proporciono de forma despretensiosa, ofereço lhes vida e morte... o sangue daquela mulher tão bela...seios alvos perfeitos a apontar para o ceu...o ventre rasgado ao meio por cirurgico bisturi... e um olho desaparecido, que será encontrado enrolado a um jornal daqui a 3 semanas, noutro bilhetinho... noutro país que ainda se julgue protegido e onde belas hospedeiras me sorrirão à chegada.

Escolher foder.te... escolher amar-te...escolher matar-me aos poucos também... mas saber que escolho... leva me a mais um dia, mais uma boa noite...


Voltando à hospedeira, gostei daquele sorriso tão seguro, tão convicto de promissor ascensão, em camas de poder e perigosos loucos, sorri-me saber desta atração do belo pelo horrendo, aquele corpo torneado em musculos e cuidados, amores e regras levaram-na a tornar-se bela rapariga, convicta de saber valer atributos tão apreciados nos dias de hoje, toquei-lhe abeixo do peito e desci minhã mão homicida até sua cintura sorri-lhe em confiança e com a outra mais delicada, coloquei cirurgicamente um papelinho perfumado em seu decote, pressionei ligeiramente à saida de gesto tão descarado meu dedo indicador entre seu peito tão suave e disse-lhe que a cidade era nova para mim e havia muito que queria descobrir nela... olhava lhe o corpo e sorria-lhe... ela na sua farda azul tão provocante como profissionalmente integra, autoridade à qual não se deve dizer que não dentro de um aeroporto, ali estava...surpresa, agradada ao descaramente daquele homem sujo de sol e barba de 3 dias, e mãos fortes... ao ouvido falava-lhe de uma casa velha, num sitio escuro com vista para o Moulin Rouge e que não queria jantar sozinho... disse-lhe ainda que era artistas como o antigo Toulosse e que aquele corpo merecia existir num quadro, num memorável acontecimento... estava a ser implacavel... sentia sua respiração tremida... sentia seu peito duro... e não gritara até agora... com minha lingua tão perto do seu ouvido... que não lhe daria tempo para gritar... imaginava até e já... uma mordaça...que lhe ofereceria junto com a sobremesa... dizendo lhe q era assim q a gostaria de desenhar... com alça caida...e mordaça... para não gritar... se eventualmente nos deixassemos levar... pelo desejo... teria a exausta sorrindo para mim... sem proferir som nenhum...

Perguntou-me... quanto tempo iria eu ficar naquela cidade... disse lhe que só aquela noite...tal como ela... ao que ela respondeu sorrindo que ficaria 2 dias... sorri-lhe... como podemos ser tão ingenuos, como se a vida fosse ela garantida, por mais tempo que um proximo respirar.

Oporto

- Olá... Estava à tua espera. Sempre gostei de parar aqui, não m sinto de cá, nem de fora daqui, de qualquer maneira era importante ser noite e as luzes estarem deste tom novamente para cumprir a promessa que tinha feito a mim mesmo, trazer aqui e comigo alguém. As imagens desta cidade ficam sempre gravadas na minha memória e o engraçado é que se estivesse contigo agora em Lisboa me perderia facilmente.


-Está frio aqui, mas estava farta de estar em casa, não entendo como é que consigo ainda ter televisão e rádio em casa, talvez o silêncio para variar fosse a solução, mas o gesto é involuntário, juro que é. (dá uma risada)


Sorri e abraça-a vendo o Porto que adormece. - Ai abençoada victima, chega-te mas é pra cá, para o quentinho de um abraço e curte o som do vento, sabes... também não gosto do silêncio absoluto.


-É quase uma pergunta não achas?

-Hum...?

-É é! Uma pessoa quando se sente rodeada por aquele silêncio, o quarto passa a sala de introspectiva inquisição. O silêncio pergunta, porque é que me chamas-te? Olha para ti ai, sem saber o que fazer ou no que pensar.

-Canta.

-Canto? (sorriso) Parece simples mas estás só a adiar o inevitável a música chega ao fim e depois?

-Pensas nos meus beijos.

- Yhuuu! Antes não pensar e além do mais nunca te beijei.

- Mentira.

- Mentira? Talvez mas o silêncio ia deixar de te chatear por uns tempos.


-Hum... Aldrabão. (nova risada) Só me fazes pensar em disparates.

-E mesmo assim cá estamos os dois abraçados neste parapeito a ver a cidade em lutas também ela com os seus silêncios. Se eu e tu alguma vez nos calarmos, que seja por te dar um beijo.


-Porque raio te haveria de dar um beijo.

-Na verdade encontro mais facilmente razões para te beijar que de não o fazer.

-Oh sim!...O que tu queres sei eu...

Ele diz baixinho ao ouvido -Acho que se soubesses não me abraçarias, sou desprendido de coração há muito tempo, a vontade de te beijar e obrigar.te a respirar de excitação é aliciante, gostaria de tentar provocar-te sempre que não te apetecesse ouvir rádio e televisão. (Ele começa a fazer festas no seu rosto com o nariz e dá lhe um beijo no pescoço, despreocupadamente e volta a olhar para a noite)

-Abusado.

(Silêncio)

  • Ela sorri e diz num repente- Mas nunca te beijei pois não?

  • Ele puxa para ele e dá-lhe um beijo repentino... que depois se prolonga...com lingua e dedos correndo seu corpo. - Agora já!


Monday, May 26, 2008

Acidente

O barulho ensurdecedor deste mercedes

No fim da noite desgracei-me nuns vertiginosos 260 km/h

Não sei onde tenho a cabeça

Não sei de qual dos dois é a culpa

Se é culpa do condutor que acelera compulsivamente o meu carro

Caixão improvisado com vista para o céu estrelado

Sim porque hoje há mais estrelas logo na noite em que decidi sair comigo mesmo

Ou se a culpa é de quem não me diz para eu parar, para tirar de mim

este desejo de me conduzir a um fim

Carros no sentido oposto parecem me ligar os máximos de espanto

Ainda respira o futuro morto

Vai descontrolado por vontade própria, não resistirá

Que ceife sua vida e não a dos outros, bêbado irresponsável

Mas estou sóbrio, só não lhes digo isso, porque já não quero olhar para tudo o que deixo para trás

Queria só entender-me e mas não vou conseguir

O carro foi acelerando, acelerendo tanto como a minha vontade de encontrar respostas

Porém entendo que nunca as saberei, talvez haja nisto tudo uma sensação de alívio...

Como se me esquivasse a um último teste ou exame à qual não tinha estudado

e que a desculpa fosse tão convicente que o professor benevolente, lá consentia-me 10 valores...

Sinto-me irresponsável, deslargo-as mãos do volante, o mostrador chega ao seu limite ...

O carro despista-se e aceito a minha morte, que preversa, me concede mais alguns seguntos de esperança, dou por mim a fazer cálculos sobre o meu corpo projectado entre estilhaços no ar, verifico que o carro catapulta-se, contorcendo seu esqueleto de metal e as faiscas e médios produzem uma dança frenética, será o convite ao inferno?

Como sempre deixei coisas por fazer na minha lista, instintivamente pensei no que era fútil e agora que os perco definitivamente, quero lhes dizer o quanto os amo, porque o amor ficará bem mais vincado que a marca destes pneus...

Amei-os muito, meu corpo até agora flutuante, contacta a terra e finalmente despedaça-se

Pensei que não seria assim o fim, olhei o céu estrelado e não senti mais nada.

































































Voltei a acordar, senti finalmente dores, tantas e em todo o lado.

À minha volta estão aqueles em que pensei por ultimo, choram, abro os olhos

Sinto calor nos meus olhos que enfrentam agora os olhos de quem amei e sempre estiveram comigo


Desgraçado, que valente susto! - Oiço... tento sorrir...

Entendo a sua preocupação, mas com a mesma vontade que me impedi de parar, vou acelerar de novo para a vida agora...


Espero te bem amigo

Cada acordar...

O amanhã está na tua mão

O teu decote tomara eu estar um dia nas minhas

Sei que em espanto a tua vontade será quase de me bater

Irrito-te e rotulares me de mais um tarado seria mais fácil

E bem tentas tornar-me coisa fácil de tratar e arrumar na pochette

Mas quando os teus sonhos caiem

Eu estou atrás de ti

Quando o abraço é pedido

Meus braços tornam-se misteriosamente familiares

Porque será que te assusto quando a vontade é morder-te o ombro

Terei eu culpa de ser enorme, um 80 em efervescente alegria

Sempre que te vejo

Deixo que tu pequenina brinques comigo

Mal tu sabes que é com o coração de um gigante que brincas

E que também ele é fragil

Tentas me meter num molde um pouco mais ao teu gosto...

Mas por fim também tu te cansas, mas é um cansaço bom...

E depois de tudo... aprendi a ser silencioso contigo... um pouco mais cedo do que esperaria

Dou por mim imenso como a noite cobrindo-te dos olhares dos homens maus...

e minhas costas, capazes de proteger-te de estrelas cadentes...

Iiiihhh....que exagero – contestas tu

Não me achas assim tão forte...

e tens razão... também tenho medo.

Sabes que existem manhãs para nós... porém hoje acordar e ver esta cama...em falta

Sem o teu acordar, fria num vazio de tua pele, cheiro e calor

Assusta-me, só tu podes me ter e deixar de saber de teu paradeiro... assusta-me

Olho para a minha mão esquerda, onde meu monte de venus

está rasgado com uma marca nova, um acidente inesperado

destruiu-o, e não me apoquenta em nada se o fim chegou

pois sei que estou certo à muito tempo.


Dedicado a todas aquelas que por mim forem humildes...


O teu decote...

Confesso que por vezes olho para o teu decote, com vontade peregrina de o beijar, picá-lo com a minha barba teimosamente mal feita e desse berço para o teu olhar, provar.te minha humildade, também olho de baixo, numa clemência pedir-te para seres meu repouso e leito de abrigo, pedir-te pra seres afinal mulhere tomares-me nesse abraço e nesse universo no qual mergulhava de sorriso aberto e olhos fechados, sem pensar, pois sei que as asas do desejo, protegem quem não mente ou esconde.
Às vezes sou apanhado e tu nada dizes, para quê mandar água a um gato vádio, que teimosamente sempre volta? Outras vezes ninguem me apanha e sorriu igualmente, por ser declaradamente matreiro...
Certas vezes por castigo ou frio na rua, o decote não vêm, mas vens sempre tu, tão bonita e aí... é o queixo a razão do meu tombar, o corpo inclina-se instintivamente, na vontade de um beijo mal dado, que por ali fica, dizendo-te que por ali quero ficar, ganhando folgo para chegar à tua boca... rubra de fantasia.
Gosto de ti, pelas partes e pelo todo... sinto que seria para ti que telefonaria, se uma duvida surgisse no concurso " QUEM QUER SER MILIONÁRIO" , 30 segundos seriam suficientes não para saber a resposta, mas para te fazer a pergunta...

Queres vir comer cerejas comigo?

Friday, May 23, 2008

A minha prenda de aniversário...

Um dia desafiei-a a estar a sós comigo... troquei as voltas ao destino, e deixei-a à porta de casa, uma vez e depois outra... entendi que gosto de ouvir rádio na sua companhia e guiar de marcha atrás... à despedida...sabe sempre a pouco, se bem que também não sei que mais poderia esperar, se quando a tenho perto gosto de a contemplar... e estupido não tenho nem metade das manhas de gato que me tornaram famoso. Tenho uma amiga que vale milhões, tenho uma amiga a quem um dia confiante vou andar de mão dada, debaixo de uma lua cheia, tenho uma amiga que sorri ao meu sorriso e mede me em cumplicidades. Tenho uma amiga que eu não deixei nunca sossegada, porque me fascina e me desafia mesmo sem querer a ser um pouco mais justo. Tenho uma amiga que me deixa tonto, que beijaria sem pensar, pela qual iria desejar ser só dela... nunca ninguem me arranjou nada e mesmo sendo menino previlegiado e abastado de amor, nunca estendi a mão a uma atenção ou desisti de um corpo de prazer. Tenho uma amiga com a qual gosto de ouvir autorádio, sem fazer batota em demasia...
Saberá ela que tem um amigo? :)

Tuesday, April 08, 2008

Papeis soltos

O inesperado sucedeu

Monstro com peito de poeta nasceu

Enorme gigante com olhos de dor

Buscava sua força em falta de amor

Sabia que a bela teria senão

Seria fatal em seu coração

Perfurante e nada, escuro e breu

Monstro com peito de poeta nasceu



Acorda Deusa de transparente véu

Monstro com peito de poeta nasceu

E virá para te comer

Em ti irá provocar medo ou prazer

Sexo de força e desejo

Envenenado será ao primeiro beijo

Seu grito comandava os trovões no céu

Monstro com peito de poeta nasceu


e espanto talvez... pois no céu da boca... uma lingua pode ser fogo de artificio...



A pele dela suave repousava na teia de véus... sonhando estremecia... respirava ainda envolta na carne dos sonhos ferverosos que queimavam por dentro... gemido mansinho e seu corpo flutuava no meio da sala de luz... levitava e contorcia-se de um quente sentido, de uma serena entrega ao que invisivel traz prazer. Deusa de luz dormia, sonhando com o que é àspero e deserto, com o que é bravo e infernal, sofrego calor, desprendido de alma apenas fúria e grito contido. Ela mordia ao lábio... e seu corpo em cruz pareciam agora procurar algo, dedos finos esticados... estaria ela à sua procura?

Não, mas que importância teria agora... que a morte era certa, beijara a mão a um ser imortal, se só o facto de observá-la a fazer amor com o vento sul, irresistivel apreciador de tenras meninas, era por si só acto de punição máxima.

Lingua Lasciva Languido

Saliva suor sumo salgado

Morno meter e por fim a morte chegou



Friday, April 04, 2008

Pensares ou Leite Creme em noite de Lua Cheia

A pensar nela, sem que nada ou ninguem previsse, tinha no bolso uma papel de rascunho, caneta e ali, em cima do balcão ao som de esgroviada musica do velho bar, pensava nela ... Pensava no seu sotaque esloveno em cada palavra em português que proferia, pensava no seu casaco de malha gasto verde escuro, e sua fragil figura, pintainho albino beleza encolhida ... tão gira ficava na escada da rua da bica a dizer me que não namorarias nunca comigo... e não era namoro de facto, era descoberta, tanta tanta descoberta que esquecemos de descobrir o nome a dar a todo o que vivemos, partiste e eu pensei em ti agora que ja passaram meses anos... Talvez por ser Outono outra vez talvez por me sentir agora mais perto de promessas que fiz sinto que aprendi a vagar no tempo, no vento e noite, no riso e viola que ouviamos no telhado.
Agora parto e afinal sou tal como tu...mas também sou marinheiro, dizem que há um mundo debaixo, mesmo debaixo deste chão de madeira...pessoas que vivem de cabeça para baixo vê lá tu!!! E talvez sinta me assim a fazer tipo o pino quase a ser sugado se não me agarrar com força a este chão. Não estás cá para ver o rio... sinto tua falta!

Tantos papeis fragmentos pele velha e gasta que agora cai...vou tentar cuidar deles uma ultima vez...

Monday, March 17, 2008

Correspondência minha para a Tailandia...

Acordei relativamente cedo com vontade de despachar trabalho o fim de semana foi doce... a ida ao lux... deixou me estranho...desconfio que a Porteira já me conhece e sorri com alguma candura... mas posso imaginar isso... não sei... de qualquer maneira acho inteligente dizer lhe bom dia e boa noite... mesmo que depois não a puxe para um dialogo por curto que seja... enfim...
Apanhei sol, trabalhei um cadito... mas o lux teve de facto importância... O joão tem um grupo de amigos grande e foi à festa de aniversário, eu fiquei em casa a despachar desenhos e mudar memórias descritivas às 3h da manhã fui ter com ele ao bairro... esse grupo dele no qual entro mas não faço esforço para fazer parte também ia ao lux e assim em bando lá fomos nós... havia lá uma miuda...muito atraente.... olhava me sorria me...disse que se chamava Silvia... mas pouco falei com ela... achei que ataque declarado a uma das miudas mais giras do grupo seria ofensivo e por deixei me arrastar em grupo...falando só quando requesitado a argumentar.... ficamos por olhares...temos tempo pensei... e existem outras paixões na cabeça deste jovem casa nova...
talvez ande me a tentar focar nos amigos nas nossas conversas...deixar.te confortavel para fazer parte deles... mas o outro lado libertino...vai vivendo cavalarias significativas...

Ela estava lá de novo... franja como a tua...sinceramente algo que gosto...que me deixa curioso...gosto desse vosso tipo de penteado onde uma tesoura num gesto só corta vosso cabelo à frente em franja... tinha a visto lá... na sexta passado e agora sábado lá estava ela de novo... tão familiar...aproximei me dela... e por espanto...a aproximação era natural...ansiosa...porém... um desejo de abraçar alguem que não conhecemos... vontade de lhes tocar nos cabelos sentir o cheiro?... pensei... Maltez... estás "fubado"... não é assim que tu és...rapaz...és lobo mau... ou pequenina criança?... um pouco dos dois... agora tou à espera que ela me telefone...
Falamos muito e a musica foi confidente e aliada...obrigava à aproximação... porém nem era pensado...era o beat... era a escolha em gritar ou falar baixinho... falei baixinho... pode ter sido um momento isolado... mas estavamos contentes de nos conhecermos...

No fim da noite ou inicio do dia....peguei no carro e fui ver o nascer do sol... ouvi 3 musicas enquanto me distraia com os pardais em cima da cancela...e o Tejo à frente... não queria dormir... queria a minha "gatinha pulguenta"... uma menina doce e morena...que me conforta com pequenos nadas... A verdadeira felicidade só existe quando partilhada...
Esta frase...está no filme into the wild ...filme que vi também no fim de tarde de domingo...

Bom almoço...eu ainda não comi...só almoço quando acabar um desenho!

Friday, March 14, 2008

E se tudo o que fizessemos e dissessemos estivesse escrito...noutro lado qualquer...?

Adoro o teu ócio e estou contigo nessa luta... não desgosto do Gocha e de pessoas que berram nos autocarros... pelo menos esses dois salvo da minha lista de coisas que não gosto assim tanto e tal... eu até gosto do que não gosto.
Cheguei a esse ponto estupido, não me sinto velho... mas há pouco tempo meti.me com uma miuda girissima pele suave morenaça...engraçada com imenso estilo... tinha 17 anos... ora pronto... não gosto disso... haver se acerto na próxima... ou então volto às trintonas... gosto imenso da tua preguiça...e tu conseguiste fazer com que as minhas perguntas tivessem significado...fossem inteligentes e tal, quanto ao amor...acredita ele existe...mas é caprichoso... e mesmo o amor é a favor de que vamos amando...por ai... e descobrindo beijas e abraços novos. O amor é um bicho porreiro...se o deixares de rédea longa... mas é um bicho... ou seja... por mais inteligente que seja...se lhe atirares um pau... o gajo corre atrás...:)
Minha amiga...não vou por ps.s nas nossas conversas mas vou querer falar.te mais...confesso que és o tipo de miuda para não fazer contigo rigorosamente nada.... atrai m a ideia de t ver mesmo desengonçada de forma um tanto ou muito desilegante a tirar macacos do nariz e fazer zapping na outra mão... desculpa minha fertil imaginação... mas ela é mesmo uma arma indomada... e dá te por feliz por imaginar.te assim já agora tás de calças de pijamas às riscas e a tshirt diz happy fisherman, ou Portuguese do it better!

Eu sou um desempregado com clientes neste momento
estilo...acordo e trabalho...mas agora em vez de receber ao fim do mês tenho clientes a deverem m guito...q se pagaram...fazem um gajo feliz com dinheiro para ir a badajoz...ou mesmo estecolmo por 20 euros acho.... :)

Invejo.te imenso por viajares tanto, acho te giraça...principalmente quando fazes uma car de aborrecido desdem... ou seja um dia em que eu abusar da sorte e colocar.te uma mão no cabelo... mete tua cara no meu ombro sorri de olhos grandes e diz me...quero para sempre estar contigo... ias ver fugia.te q era uma coisa maluca...
Tentei várias vezes namorar...com o tempo apaixonavam.se por mim e isso aborrecia me...
neste momento sei claramente que não sei o que quero...e não m aborrece... continua a gostar e muito de miudas! :) aba aba aba!...

Quero ir ver o filme dos mamutes ...é um filme de pipoca adoro estupidificar o cerebro...e depois ... sinto que cultivo uma cultura de bruto orge... confiando que é um caminho horrivel mas suficientemente capaz de me fazer um jovem de sucesso...
Aqueles q se esforçam em mostrar inteligencia...são os mais faceis de derrubar.

Sempre gostei mais do monstro que da bela... mas se poder escolher entre a Soraia Chaves... ou a Madre Teresa de Calcutá... escolhia a primeira...e defendo me...dizendo... pá... a Soraia Chaves é feia que até doi...e a Madre teresa tem o charme da idade! :)...

Fiel aos meus principios deixa me que t diga...que apetece me partilhar o fastio e o não mexer uma palha contigo! ... Sei que abuso...e é quase como t tocar... imagino q t desagrade... mas nem há maldade em mim simplesmente existe uma esplanada ali em frente... e ficar de papo para o ar a ouvir.te falar até adormecer parece o fim de tarde perfeito! ...


Ps. Queria q estes textos...fossem compilados :)

Wednesday, March 12, 2008

Nunsense...

Cigano, engano
Dano colateral, destreza Oral
Oralbiótico, sentimento Sinoptico
Tico tico no fubá, tuba
Cubana de quente pele, mel
Melodia que te faz tremer, comer comer te inteira e ver

Que o amanhã hade chegar
Chegarás enfim a não partir
Parte de mim querendo ficar
Outra parte em ânsias de fugir

Bonita, dolce Vita
Luz pelo estore
Curvas do teu corpo de onça
Lança à espera de arremesso
E não mereço morrer já...
Um dia meus pulmões vão parar...
E vou perceber ...

Gypsy, deceit
Colateral damage, oral dexterity
Oral medecine, sinoptic feeling
Tico tico no fubá, tuba
Cuban with warm skin, honey
Melody that make us shake, eat eat all of you and see

That tomorrow will come
You won't leave
Part of me wanting to stay
Other part desiring to run away

Pretty, dolce Vita
lights throught the sunshade
Curves of your ounce body
Lance waiting for it strike
I still don't deserve to die
One day my lungs will stop
And I will understand



Non...te stanco mai...

Non te stanco mai...

Deixa-me porém estoirar em tua boca... como bomba...

Naquela noite, as mulheres seduziam-me por razões androginas, a boca, o olhar, as mãos e a voz... dei por mim preso a coisas abstractas e com essa surpresa vi que sou concreto, demasiado apegado ao que se toca... deixa me estoirar em tua boca... quero estoirar em tua boca... e non te stanco mai...

O filme que passava fazia-me sentir sozinho, mas gostava do peito dela sem soutien... ela, açoreana, tinha vindo a Lisboa para contrair família por método natural. Como fundo Amália cantava e eu rendia-me, apaixonava-me por aquela imortal senhora... não era bela mas era puro demais voz divina de diva, inagualável... tinha-me vencido, porque por fraqueza talvez... decidi ouvir de que ela falava e ela falava de amor, não como estes e todos os outros poetas... ela falava de dentro...fadava...a mal fadada senhora escura... tão semelhante que a sentia proxima... quis aquela boca... podesse eu estoirar em tua boca...

Sinto-me bomba silenciosa... talvez a mais ruidosa...essa que não faz tic tac e desse modo nos deixa imaginar... minhas mãos hoje... saboream o prazer de lavar a loiça...estão quentes... secas, seria capaz de acariciar o peito da actriz do filme... durante algum tempo... vontade de contemplação... bem mais do que possuir algo para contemplar... Non te stanco mai... podes ir...pois vêem outras... e eu ainda tenho que arrumar cadernos...talvez mereça...esta vida... estou tão desligado... 105 105 105... aposto que o código permaneça esse...e o sexo tântrico que é isso.. por me decidir um animal desequilibrado que me vai acontecer... depois?

Prometes-te que podia explodir em tua boca...vou aceitar... e depois... non te stanco mai...



Depois triste figura... uma miuda com um corpo ...semelhante...duro...talvez mais protegido...quente... tentei como serpente...enrolar-me a ela... mas mais uma vez soube que não temos nada haver... voltei a reler o texto do tango.... imaginei o peito farto da mãe... e o rabo firme da filha...mordi os dois...abusei das duas... ceguei-as... droguei-as... virei-as do avesso...as duas na minha cama... amando-se sem saberem que eram família... sem saberem que só elas se amavam verdadeiramente e eu era apenas corpo estranho de algum prazer... a mãe...gemeu primeiro a filha...tremeu o tempo todo...

Tuesday, February 12, 2008

Tango a meia luz...


Meia noite, meia de vidro corpo em contradição, circulo de velas damas em meu redor...soalho de madeira suave...gasta por tantos rodopiar de corpos, cansados...respirações ao ritmo da própria batida do coração... coração este que senti à minha espera do outro lado do corredor.

Senti que meu coração não m pertencia já...agarrado à música ao desejo de querer...entrar devagar no corpo de uma mulher, porém meu pé torto e aleijado receava cambalear...mas em gesto confiante recordei minha alta estirpe e envolto meus braços num corpo torneado de mulhar, corri a pista, caminhei pelo rubro vermelho do compasso, contra os ponteiros do relogio, com calma e segurança...senti o desejo da mãe da mulher que eu queria para mim... naquela noite.

Estou velho por dentro....tão facil me sinto em ser elegante para aqueles que o tempo ornamentou de sensatez, patina de sensualidade... vivacidade na juventude e brilho distinto... dancei com Lhasa, e em falta ficaria... se não dissesse o quanto me agradou sua sensatez...segurança e rebeldia...

De peito grande...doce e terno... tive vontade de mergulhar minha boca...tocar lhe mais de perto...ser matreira raposa...será que ela sentira em mim... tais perigos... ou vira em mim simples rapazito... inocente ainda nos seus primeiros passos de tango... falavamos, eu ouvia-a com atenção, agradava o cuidado dela... o prazer genuino de convidar a dançar, no meio da pista eu abri um pouco mais seu decote... e olhei do outro lado da pista para Esmeralda sua filha.... tigre de bengala... indomada senhora de homens... de seus sonhos e preversos desejos.

Quis a mãe dela...quis seduzir ambas...megalonamo espirito o meu...tantas vezes maior que meu corpo, ilimitado na sua soberba fome, o espirito sentia pela primeira vez esta dança clara de educação... meus dedos enormes desejavam...correr a curva das costas...porém nao podiam...impor mais que sua força...e sentia o peito bom... daquela mãe...encostado ao meu...olhei lhe de cima...ela sorriu.

Do outro lado... um ódio novo, inesperado Esmeralda...incomodava.se...não gostava de minha presença nem tão pouco do meu gozo verdadeiro em aprender a dançar tango, desejando fazer amor com sua mãe...ali mesmo... no meio da pista...suor calor... velas girando à nossa volta... e seu fulgorante e rijo peito tocando no meu.

Ganhas jeito depressa disse ao que respondi...que tudo é mais fácil quando a professora estimulava o aluno a querer sempre um pouco mais, gargalhou nervosa...puxei-a para mim e disse num quase sussurro que a queria nas escadas escuras daquela velha fábrica....afastamo-nos e sorri para a filha...aproximei-me com calma aparente... pois instigar uma fera é sempre algo que evito...e disse por fim... que não sabia ainda dançar mas que aprendia depressa, pois tinha encontrado uma amavel e gentil professora.

Ela astuta...perguntou-me quais as minhas intenções...para com tão nobre senhora... ao que respondi... que meu profundo interesse residia em aprender depressa para com ela dançar, convidei-a entretanto para um chá mais tarde... num espaço neutro onde minhas forças se equivaliam às dela... e despedi-me dizendo que me ia embora, sorriu e reparou que sua mãe por instantes tinha desaparecido...também...num canto escondido...viam-se algumas máscaras de carnaval... o que me deu mote para o que planeava fazer... juntar mãe e filha...num tango por mim orquestrado.

3 pedras

Tinha juntado de novo as 3 pedras mágicas pequenas mas enormes em significado uma negra outra vermelha e outra branca todas elas belas todas elas fundadoras de sonhos realidades e caos, sim porque é preciso desordem e angustia para depois nos lábios de uma mulher encontrar finalmente a salvação. Faltavam 24 horas para o mal fadado dia... de São Valentim e perturbado pensei primeiro em iludir-me em admitir o peso de tudo o que carrego em mim.... eu sou pecado, sou traição, sou desejo e loucura, sou façanhas de uma noite, gemidos e medos, sou segredos nos olhos dos quais já esqueci, sou a morte adiada, e nesse dia...penso se não seria mais facil descansar, assumir-me cristão e amar, dividir espaços e ideias... enlaçar-me como hera, e crescer forte com raizes em vez de permanecer suspeita semente ao vento, que pousa em roliço decote ou anca para mais tarde ser sacudido. Tinha juntado as 3 pedras mágicas no bolso e tocava-lhes fazendo rodopiar cada entre os dedos de minha mão, também esta a perguntar-me onde pousaria agora, sem ter reparado tinha me afastado da avidez de outros tempos onde coleccionava as cores mais incriveis, sentia-me tão satisfeito por ter agora só aquelas 3 cores... a negra mulher de noite e mistério de tinta e escritas fascinavam me, seu sangue era negro também como seus olhos, como o poço e tunel escuro, como o medo que ela me levava a sentir, a vermelha era fogo, o calor da carne e pecado a força dos lábios e da marca do baton, gemido bom, pernas e risos, sem pudor sempre viciante sempre com o poder de me tornar animal.... a branca sempre me negara viver para além dos seus sonhos....porém em condição acertava, intocada fazia de seus sonhos minhas mais francas vontades... ela fazia o sol acordar-me primeiro para a ver dormir, o mergulho em profundo azul, o voo do pássaro... o olhar mais luminoso que tudo dizia sem palavras, o abraço...

Assim eram as 3 pedras, minhas pedras meus alicerces, regra daquilo que sou...e vendo-me assim, contemplando o que a vida já me deu... declaro guerra ao santo e se por ventura for ele, o justo vencedor... não temerei em render-me...pois-se todos os santos tem um passado... todos os pecadores tem um futuro.

Wednesday, February 06, 2008

Então é isto...?

Um pedaço de mim...

Um pequeno pedaço de mim... ali...

Pousado também ele a olhar-me...

Vida berro, luta e fim...

Luzes, barulho confusão chinfrim...

A morte sempre irá assustar.me...

A dor ou o amor, qual deles é pior, se custa partir,

Custa ausentar-me

De tudo o que é bom...

Sei que amar é bom, amar-te-ei para sempre

Sabendo que sempre é só um bocado.

Obrigo-me a crescer, em suma admitir

Que um dia tudo me será negado

Por isso dá-me a mão

Sem birras sem dizeres que não,

mais vale ter tentado do que ter fugido.


Tuesday, January 29, 2008

Chet Backer

Atingi um nível qualquer de coisa assim não direi superior mas diferente... não julgo que anteriormente o tenha feito...coloquei um cd de Chet Backer... pouco sei dele mas sei que por rumores foi marginal... e dai ser bem vindo...está frio lá fora mas teimei em abafar a casa...liguei aquecimento central... e bebi uma vitalis maça... diz aqui q é purificante...talvez beba outra e finja...que é algo mais que água doce... que realmente resulte e exorcise de mim o q ainda me assusta. No messenger um amor antigo mas para sempre... me faz perguntas do que sinto... julga que minto... ou que nem sempre digo toda a verdade...teimoso... julgo ter a resposta para tudo... e julgo que a resposta deve ser sempre a mesma...desejo.te...quero teu corpo loucura e prazer... é verdade...a sério que é...depois ela ataca em furia dizendo que minha boca tem o vício de se encaixar em tantas outras bocas... digo.lhe ainda que a minha boca por mais vádia que seja... ainda pergunta pelo sabor dessa outra boca que agora ruge... desfere golpes. Depois foi-se embora, desapareceu e voo na noite escura e reparei que tinha uma amiga preguiçosa perto de mim tal como tinha prometido horas antes... repensar...entender o q é q de facto estou ou estava a fazer... estou tão habituado a seguir o arrastar glorioso do tempo...ver o dia de novo noite e de novo dia... que não esperaria tantas surpresas num só dia...o encontro tinha sido em tudo espantoso... parecia que nos conheciamos faz anos... no entanto...era ali e agora q tudo começava a fazer sentido...o olá o sorriso o brincar...notas de que a confiança à muito tinha sido ganha um pelo outro.Na parede um velho desenho em papel... o cathing das máquinas registadoras... o filme a preto e branco...levaram me a ter que sair... entendera que o tempo dá nos tempo se do tempo soubermos cuidar e assim sem mais tempo me despedi sorrindo... tinha sido um dia diferente de facto... ela fumava em cima do piano...com um vestido negro de racha provocante...saberia ela cantar?

Depois corri as escadas como louco....tinha que ir a uma aula de sapateado com ginger...e ainda acabar o dia....a andar de bicicleta...mas o dia teimava a não acabar....ela nunca mais vestia o pijama... nunca mais acabava de fazer a cama... chata...tonta irritante...e contudo... sentia me amiga dela...acho que ela sabia bem seu papel e eu sabia o meu... tinhamos q ter tardes nossas a jogar super mário numa consola... entender os tiques um do outro e sermos a dupla mais temivel do pictionary.... ela achava me feio... minha mãe...também... e eu pensava num filme da disney.... chamem-me pato...e patinho feio... naquela falsa tristeza...procurava olhar me ao espelho das águas tremidas...os outros riam-se... nunca viram pato mais feio diziam...Quack!

Mas não é cisne quem quer.... é cisne quem pode... e contra feito...olhei para aquele estranho equipamento de choque...tinha mesmo q fazer uma série...uma curta metragem de abdominais...ela interrompe m agora...parece...que já fez a cama.... Já fizeste a cama ?

Fazia m sorrir... era encantadora a absurda bella donna.... falava me de uma história mal contada... e eu lá a ajudava a melhor aqui e ali...volto já... volto afinal...ainda lhe falta lavar os dentes...e comer qualquer coisita... a comer happy meals... outra coisa não seria de esperar... hoje comi bacalhau com broa... lembrei m do carro velho da Serra o Ford Sparrow...azul e com capot branco... que usavamos só as vezes...para ir à Igreja... e tirar pó ao carborador...Suspirava com saudades da Aldeia...ela costurava números na sua cadeirinha de baloiço enquanto suas asinhas de anjo perdiam penugem sem ela notar...

Tinha sono o Chet Backer tinha tocado durante toda a noite...musicas que realmente lhe apeteciam...

subiu para um elefante e seguiu ora ao trompete ele...ora ao trombone esse grande paquiderme... restavamos nós os dois... mas não era bem assim... ela também estáva mais atenta...aos barulhos lá fora ... as historias que ela me contava arrepiavam...deixavam me num certo alarido...com medo do escuro...dormiamos em camas diferentes é assim nas aldeias... não é mau nem bom...mas tava com medo...dos sustos das coisas que nunca entendemos bem... o lado de lá... aquele que pensamos não reflectir...concentrando nos só em coisas como comer dormir...enfim... arrepiava m a miuda...mas que ficava bem em pijama ficava... não t esqueças de lavar os dentes...!


Monday, January 28, 2008

Uma brincadeira sentado no metro.

Sim meu amor é em teu louvor
Que faço esta canção
Lá vem tremor, saliva, suor
o já conhecido bate bate do coração
E não podia estar mais feliz
pela perfeição do teu nariz
Deixo-me rir sozinho ao espelho
Pensar se vens no teu vestido vermelho

Pedis-te algo bom, fácil de entrar no tom
Pra dançares só para mim
Fizes-te ronron, doces, filemignom
Só pode dizer-te que sim
E sentado dentro do metro
Escrevo contente por te amar
Bem procuro ser discreto
Mas meu malandro sorriso vai me denunciar

p.s. Desejei escrever algo bom e feliz, ninguem pense que esta canção é para ela... foi uma vontade de tentar algo colorido... só para ver se conseguia... Não pensei em ninguêm, mas o nariz é o da Filipa!

Friday, January 25, 2008

A casa da colina

Tiro morte voo chão doce quente gulosa mão alto vista imensidão riso brinca pelota pelutão...
Estas palavras escritas a giz nas paredes velhas, tentavam m dizer alguma coisa, tinham de certo sido escritas por alguêm para alguêm... minha respiração era ofegante...e cada gesto cuidado... temia fazer barulho... acordar alguêm... naquela casa abandonada...algo ainda vivia...
Sintia me evasivo, não tinha que ser assim, não tinha que ser dos maus... podia ser furtivo aliado, mas não... sabia-me inimigo, sabia o que procurava, mas não como "a" encontrar... nunca estivera tão perto... porém sabia que aquilo nada mais era que o ponto de partida... a porta estava aberta, a casa vazia onde ela vivera, entre tantas pistas, estaria lá ainda aquela que procurava...???
Não me incomodava estar ali, era puro demais acolhedor...aquele espaço, aquelas historias mas não tinha sido convidado... e por isso sentia culpa, olhava de lado...mas era importante ser preserverante... até podia perder a batalha... deixar o inexplicável silencio e abandono vencer...

Minha teimosia deixava me do outro lado... minha indignação impedia-me de a entender melhor... de ser bem vindo...

Mas estava irritado, não me agradava a insolência e presunção de alguem que não eu... estava em pé de guerra, numa casa velha e abandonada onde o meu inimigo vivera sua infância... estranho sentimento este... quase narcisico...de entender que esse inimigo era vigoroso e indomável... era brilhante e descuidado...

Ali estava eu... a perguntar me... para onde teria ela ido... para quê... porquê?...

Monday, January 07, 2008

Alarido

Sinto que o tinto bem podia ser

Grená escuro e noite de longo prazer

Sinto que minto bem podia ver

Que o corte distinto era traço de mulher


Que fazia a noite tombar

A rua descer e o chão faltar

Fazia meu corpo aquecer

Teu fogo, cigarro longo por acender


Trago após estrago acabei assim

Dono da rua que é dona de mim

Passa após passo o calor é vão

Vadio me tornei vazia minha mão


Senhor de coisa nenhuma

Curioso na alça que cai como pluma

Quero teu nome num papel

Telefone e endereço pra chegar à tua pele


Rasto em arrasto violência mil

Faminto persigo ziguezague de teu quadril

Travo no lábio, saliva a crescer

Sabes que venho pelo gosto de ter


Corpo que desnudo, carícia a sentir

Sabes no escuro que estou a sorrir

Este puxar-te a mim beijar.te o umbigo

Teu corpo minha noite e meu abrigo


Penetrante, ofegante, terrivel ladrão

Pendular dança bandida, corpos em tremor de chão

Escalamos ao mesmo tempo um cume de prazer

Eu egoista e tu sem querer


Hummmmmmmmmmm Hummmmmmmmmmm

Hummmmmmmmmmm Hummmmmmmmmmm

Hmummmmmmmmmm Hummmmmmmmmmm

Hummmmmmmmmmm Hummmmmmmmmmm


Descansamos tombamos na vertigem do cansaço

Da tinta dourada em teu doce regaço

Escritor de mapas na tua pele me torno

Brinco em despedida ao frio retorno


E no sossego da noite repousas por fim

No brilho da tua vida, onde não há lugar para mim

E eu visto me de penumbra enrijeço ao frio

Na espera que novamente me procures no meu vazio