O inesperado sucedeu
Monstro com peito de poeta nasceu
Enorme gigante com olhos de dor
Buscava sua força em falta de amor
Sabia que a bela teria senão
Seria fatal em seu coração
Perfurante e nada, escuro e breu
Monstro com peito de poeta nasceu
Acorda Deusa de transparente véu
Monstro com peito de poeta nasceu
E virá para te comer
Em ti irá provocar medo ou prazer
Sexo de força e desejo
Envenenado será ao primeiro beijo
Seu grito comandava os trovões no céu
Monstro com peito de poeta nasceu
e espanto talvez... pois no céu da boca... uma lingua pode ser fogo de artificio...
A pele dela suave repousava na teia de véus... sonhando estremecia... respirava ainda envolta na carne dos sonhos ferverosos que queimavam por dentro... gemido mansinho e seu corpo flutuava no meio da sala de luz... levitava e contorcia-se de um quente sentido, de uma serena entrega ao que invisivel traz prazer. Deusa de luz dormia, sonhando com o que é àspero e deserto, com o que é bravo e infernal, sofrego calor, desprendido de alma apenas fúria e grito contido. Ela mordia ao lábio... e seu corpo em cruz pareciam agora procurar algo, dedos finos esticados... estaria ela à sua procura?
Não, mas que importância teria agora... que a morte era certa, beijara a mão a um ser imortal, se só o facto de observá-la a fazer amor com o vento sul, irresistivel apreciador de tenras meninas, era por si só acto de punição máxima.
Lingua Lasciva Languido
Saliva suor sumo salgado
Morno meter e por fim a morte chegou
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