Tuesday, April 08, 2008

Papeis soltos

O inesperado sucedeu

Monstro com peito de poeta nasceu

Enorme gigante com olhos de dor

Buscava sua força em falta de amor

Sabia que a bela teria senão

Seria fatal em seu coração

Perfurante e nada, escuro e breu

Monstro com peito de poeta nasceu



Acorda Deusa de transparente véu

Monstro com peito de poeta nasceu

E virá para te comer

Em ti irá provocar medo ou prazer

Sexo de força e desejo

Envenenado será ao primeiro beijo

Seu grito comandava os trovões no céu

Monstro com peito de poeta nasceu


e espanto talvez... pois no céu da boca... uma lingua pode ser fogo de artificio...



A pele dela suave repousava na teia de véus... sonhando estremecia... respirava ainda envolta na carne dos sonhos ferverosos que queimavam por dentro... gemido mansinho e seu corpo flutuava no meio da sala de luz... levitava e contorcia-se de um quente sentido, de uma serena entrega ao que invisivel traz prazer. Deusa de luz dormia, sonhando com o que é àspero e deserto, com o que é bravo e infernal, sofrego calor, desprendido de alma apenas fúria e grito contido. Ela mordia ao lábio... e seu corpo em cruz pareciam agora procurar algo, dedos finos esticados... estaria ela à sua procura?

Não, mas que importância teria agora... que a morte era certa, beijara a mão a um ser imortal, se só o facto de observá-la a fazer amor com o vento sul, irresistivel apreciador de tenras meninas, era por si só acto de punição máxima.

Lingua Lasciva Languido

Saliva suor sumo salgado

Morno meter e por fim a morte chegou



No comments: