Tuesday, January 29, 2008

Chet Backer

Atingi um nível qualquer de coisa assim não direi superior mas diferente... não julgo que anteriormente o tenha feito...coloquei um cd de Chet Backer... pouco sei dele mas sei que por rumores foi marginal... e dai ser bem vindo...está frio lá fora mas teimei em abafar a casa...liguei aquecimento central... e bebi uma vitalis maça... diz aqui q é purificante...talvez beba outra e finja...que é algo mais que água doce... que realmente resulte e exorcise de mim o q ainda me assusta. No messenger um amor antigo mas para sempre... me faz perguntas do que sinto... julga que minto... ou que nem sempre digo toda a verdade...teimoso... julgo ter a resposta para tudo... e julgo que a resposta deve ser sempre a mesma...desejo.te...quero teu corpo loucura e prazer... é verdade...a sério que é...depois ela ataca em furia dizendo que minha boca tem o vício de se encaixar em tantas outras bocas... digo.lhe ainda que a minha boca por mais vádia que seja... ainda pergunta pelo sabor dessa outra boca que agora ruge... desfere golpes. Depois foi-se embora, desapareceu e voo na noite escura e reparei que tinha uma amiga preguiçosa perto de mim tal como tinha prometido horas antes... repensar...entender o q é q de facto estou ou estava a fazer... estou tão habituado a seguir o arrastar glorioso do tempo...ver o dia de novo noite e de novo dia... que não esperaria tantas surpresas num só dia...o encontro tinha sido em tudo espantoso... parecia que nos conheciamos faz anos... no entanto...era ali e agora q tudo começava a fazer sentido...o olá o sorriso o brincar...notas de que a confiança à muito tinha sido ganha um pelo outro.Na parede um velho desenho em papel... o cathing das máquinas registadoras... o filme a preto e branco...levaram me a ter que sair... entendera que o tempo dá nos tempo se do tempo soubermos cuidar e assim sem mais tempo me despedi sorrindo... tinha sido um dia diferente de facto... ela fumava em cima do piano...com um vestido negro de racha provocante...saberia ela cantar?

Depois corri as escadas como louco....tinha que ir a uma aula de sapateado com ginger...e ainda acabar o dia....a andar de bicicleta...mas o dia teimava a não acabar....ela nunca mais vestia o pijama... nunca mais acabava de fazer a cama... chata...tonta irritante...e contudo... sentia me amiga dela...acho que ela sabia bem seu papel e eu sabia o meu... tinhamos q ter tardes nossas a jogar super mário numa consola... entender os tiques um do outro e sermos a dupla mais temivel do pictionary.... ela achava me feio... minha mãe...também... e eu pensava num filme da disney.... chamem-me pato...e patinho feio... naquela falsa tristeza...procurava olhar me ao espelho das águas tremidas...os outros riam-se... nunca viram pato mais feio diziam...Quack!

Mas não é cisne quem quer.... é cisne quem pode... e contra feito...olhei para aquele estranho equipamento de choque...tinha mesmo q fazer uma série...uma curta metragem de abdominais...ela interrompe m agora...parece...que já fez a cama.... Já fizeste a cama ?

Fazia m sorrir... era encantadora a absurda bella donna.... falava me de uma história mal contada... e eu lá a ajudava a melhor aqui e ali...volto já... volto afinal...ainda lhe falta lavar os dentes...e comer qualquer coisita... a comer happy meals... outra coisa não seria de esperar... hoje comi bacalhau com broa... lembrei m do carro velho da Serra o Ford Sparrow...azul e com capot branco... que usavamos só as vezes...para ir à Igreja... e tirar pó ao carborador...Suspirava com saudades da Aldeia...ela costurava números na sua cadeirinha de baloiço enquanto suas asinhas de anjo perdiam penugem sem ela notar...

Tinha sono o Chet Backer tinha tocado durante toda a noite...musicas que realmente lhe apeteciam...

subiu para um elefante e seguiu ora ao trompete ele...ora ao trombone esse grande paquiderme... restavamos nós os dois... mas não era bem assim... ela também estáva mais atenta...aos barulhos lá fora ... as historias que ela me contava arrepiavam...deixavam me num certo alarido...com medo do escuro...dormiamos em camas diferentes é assim nas aldeias... não é mau nem bom...mas tava com medo...dos sustos das coisas que nunca entendemos bem... o lado de lá... aquele que pensamos não reflectir...concentrando nos só em coisas como comer dormir...enfim... arrepiava m a miuda...mas que ficava bem em pijama ficava... não t esqueças de lavar os dentes...!


Monday, January 28, 2008

Uma brincadeira sentado no metro.

Sim meu amor é em teu louvor
Que faço esta canção
Lá vem tremor, saliva, suor
o já conhecido bate bate do coração
E não podia estar mais feliz
pela perfeição do teu nariz
Deixo-me rir sozinho ao espelho
Pensar se vens no teu vestido vermelho

Pedis-te algo bom, fácil de entrar no tom
Pra dançares só para mim
Fizes-te ronron, doces, filemignom
Só pode dizer-te que sim
E sentado dentro do metro
Escrevo contente por te amar
Bem procuro ser discreto
Mas meu malandro sorriso vai me denunciar

p.s. Desejei escrever algo bom e feliz, ninguem pense que esta canção é para ela... foi uma vontade de tentar algo colorido... só para ver se conseguia... Não pensei em ninguêm, mas o nariz é o da Filipa!

Friday, January 25, 2008

A casa da colina

Tiro morte voo chão doce quente gulosa mão alto vista imensidão riso brinca pelota pelutão...
Estas palavras escritas a giz nas paredes velhas, tentavam m dizer alguma coisa, tinham de certo sido escritas por alguêm para alguêm... minha respiração era ofegante...e cada gesto cuidado... temia fazer barulho... acordar alguêm... naquela casa abandonada...algo ainda vivia...
Sintia me evasivo, não tinha que ser assim, não tinha que ser dos maus... podia ser furtivo aliado, mas não... sabia-me inimigo, sabia o que procurava, mas não como "a" encontrar... nunca estivera tão perto... porém sabia que aquilo nada mais era que o ponto de partida... a porta estava aberta, a casa vazia onde ela vivera, entre tantas pistas, estaria lá ainda aquela que procurava...???
Não me incomodava estar ali, era puro demais acolhedor...aquele espaço, aquelas historias mas não tinha sido convidado... e por isso sentia culpa, olhava de lado...mas era importante ser preserverante... até podia perder a batalha... deixar o inexplicável silencio e abandono vencer...

Minha teimosia deixava me do outro lado... minha indignação impedia-me de a entender melhor... de ser bem vindo...

Mas estava irritado, não me agradava a insolência e presunção de alguem que não eu... estava em pé de guerra, numa casa velha e abandonada onde o meu inimigo vivera sua infância... estranho sentimento este... quase narcisico...de entender que esse inimigo era vigoroso e indomável... era brilhante e descuidado...

Ali estava eu... a perguntar me... para onde teria ela ido... para quê... porquê?...

Monday, January 07, 2008

Alarido

Sinto que o tinto bem podia ser

Grená escuro e noite de longo prazer

Sinto que minto bem podia ver

Que o corte distinto era traço de mulher


Que fazia a noite tombar

A rua descer e o chão faltar

Fazia meu corpo aquecer

Teu fogo, cigarro longo por acender


Trago após estrago acabei assim

Dono da rua que é dona de mim

Passa após passo o calor é vão

Vadio me tornei vazia minha mão


Senhor de coisa nenhuma

Curioso na alça que cai como pluma

Quero teu nome num papel

Telefone e endereço pra chegar à tua pele


Rasto em arrasto violência mil

Faminto persigo ziguezague de teu quadril

Travo no lábio, saliva a crescer

Sabes que venho pelo gosto de ter


Corpo que desnudo, carícia a sentir

Sabes no escuro que estou a sorrir

Este puxar-te a mim beijar.te o umbigo

Teu corpo minha noite e meu abrigo


Penetrante, ofegante, terrivel ladrão

Pendular dança bandida, corpos em tremor de chão

Escalamos ao mesmo tempo um cume de prazer

Eu egoista e tu sem querer


Hummmmmmmmmmm Hummmmmmmmmmm

Hummmmmmmmmmm Hummmmmmmmmmm

Hmummmmmmmmmm Hummmmmmmmmmm

Hummmmmmmmmmm Hummmmmmmmmmm


Descansamos tombamos na vertigem do cansaço

Da tinta dourada em teu doce regaço

Escritor de mapas na tua pele me torno

Brinco em despedida ao frio retorno


E no sossego da noite repousas por fim

No brilho da tua vida, onde não há lugar para mim

E eu visto me de penumbra enrijeço ao frio

Na espera que novamente me procures no meu vazio