Wednesday, July 09, 2008

Oporto

- Olá... Estava à tua espera. Sempre gostei de parar aqui, não m sinto de cá, nem de fora daqui, de qualquer maneira era importante ser noite e as luzes estarem deste tom novamente para cumprir a promessa que tinha feito a mim mesmo, trazer aqui e comigo alguém. As imagens desta cidade ficam sempre gravadas na minha memória e o engraçado é que se estivesse contigo agora em Lisboa me perderia facilmente.


-Está frio aqui, mas estava farta de estar em casa, não entendo como é que consigo ainda ter televisão e rádio em casa, talvez o silêncio para variar fosse a solução, mas o gesto é involuntário, juro que é. (dá uma risada)


Sorri e abraça-a vendo o Porto que adormece. - Ai abençoada victima, chega-te mas é pra cá, para o quentinho de um abraço e curte o som do vento, sabes... também não gosto do silêncio absoluto.


-É quase uma pergunta não achas?

-Hum...?

-É é! Uma pessoa quando se sente rodeada por aquele silêncio, o quarto passa a sala de introspectiva inquisição. O silêncio pergunta, porque é que me chamas-te? Olha para ti ai, sem saber o que fazer ou no que pensar.

-Canta.

-Canto? (sorriso) Parece simples mas estás só a adiar o inevitável a música chega ao fim e depois?

-Pensas nos meus beijos.

- Yhuuu! Antes não pensar e além do mais nunca te beijei.

- Mentira.

- Mentira? Talvez mas o silêncio ia deixar de te chatear por uns tempos.


-Hum... Aldrabão. (nova risada) Só me fazes pensar em disparates.

-E mesmo assim cá estamos os dois abraçados neste parapeito a ver a cidade em lutas também ela com os seus silêncios. Se eu e tu alguma vez nos calarmos, que seja por te dar um beijo.


-Porque raio te haveria de dar um beijo.

-Na verdade encontro mais facilmente razões para te beijar que de não o fazer.

-Oh sim!...O que tu queres sei eu...

Ele diz baixinho ao ouvido -Acho que se soubesses não me abraçarias, sou desprendido de coração há muito tempo, a vontade de te beijar e obrigar.te a respirar de excitação é aliciante, gostaria de tentar provocar-te sempre que não te apetecesse ouvir rádio e televisão. (Ele começa a fazer festas no seu rosto com o nariz e dá lhe um beijo no pescoço, despreocupadamente e volta a olhar para a noite)

-Abusado.

(Silêncio)

  • Ela sorri e diz num repente- Mas nunca te beijei pois não?

  • Ele puxa para ele e dá-lhe um beijo repentino... que depois se prolonga...com lingua e dedos correndo seu corpo. - Agora já!


1 comment:

Esa said...

:)......