Friday, December 07, 2007

Glinsparkulash

Glinsparkulash é um monstro como nunca se viu é amorfo e feio mas o que mais assusta é o seu olhar, de preserverante conquista, rasteja e suspira, como papel mastigado... geme devagar, vagaroso corre, putrefaz e provoca insónias.
Glinsparkulash vivia no 4 andar da rua norte do país Artivális e colecionava bolores em frasquinhos num silencio tumular, certas vezes era encontrado à janela... a gemer ao frio da solidão, mas não se engane o atento leitor, ele usava a pena e lamento para hipnotizar, havia sempre uma boa alma em Artivális, ora ingénua ora crente, que se deixava levar pela sua degenerada palavra.
Artivális a cidade da mágia e dos paladinos, tinha como qualquer outra cidade prostitutas , mulheres de vidro e meias de vida, que por uma razão ou outra, tinham sido colocadas a viver nas ruelas mais escuras a norte, as princesas no seu mundo de perfeição esqueciam que os magos e cavaleiros, muitas vezes preferiam viver fantasias com aquelas que já não as tinham... Glinsparkulash também desejava, por ser o mais disforme e repugnante monstro sentia-se mais proximo daquelas mulheres e não perguntem como... mas como tinha dinheiro, obrigava-las a servi-lo, beija-lo com lingua e a beberem-no com palhinha. Não tentem imaginar a fisionomia de Glinsparkulash pois ele assemelhava-se a um animal atropelado, ele era entranha de ódio e dor e só se tornava mais semelhante a um homem quando sentia o frenesim de um toque, mesmo que pago.

Glinsparkulash um dia apaixonou-se por uma menina de má vida, jovem demais que o comoveu e irado cresceu para ela...assemelhando-se a lodo, a mortal ameaça...fê -la fugir, "devolve-me o dinheiro, se não mato-te!" gritava ele ... que todos se habituaram a ouvir apenas resmungar para dentro, apavaroda ela só pensou em fugir, nem sabia que tinha deixado as moedas de ouro no vestido de alice, e tentou fugir... mas Glinsparkulash colava.se às suas suaves pernas...queimando...ela gritava de dor, queria viver e chorava, bastava devolver lhe as moedas... ele não a queria por ela ser de longe a mais inocente mulher q alguma vez vira, uma princesa ou fada que a vida tinha por engano colocado noutro lugar... Alice a pu.... não sei o nome dela... gritava e os outros inclinos estranhavam, muito...mas sabiam qual o papel dela e dele...
Glinsparkulash um monstro silencioso e Alice... uma menina sem medo.

É só dares me as moedas, afinal não te quero, gritou irado o monstro. Sentia-se magoado por ter à sua mercê um ser tão belo, tão perfeito, sentia-se irado por amar afinal ele que até então vivera no escuro e no que é gasto e frio... as pernas dela...quentes macias...eram agora cobertas pelo seu muco, e a excitação de desfigura-la de a fazer desaparecer tomava conta dele.
Alice inebriada pela dor mudou repentinamente de postura o grito de pavor e dor... deu lugar a um gemido tão diferente de todos os outros... seria prazer?
O calor negro...subia suas pernas...queimando como mil agulhas, mordidelas de lobo esfomeado... e ela abria agora as pernas... gemia de prazer... volte face na história que nem o narrador esperaria...seu peito estava duro... aguçado de desejo e tocava-se extaseada... de pavor e prazer... pelos vistos é ténue a linha.

Glinsparkulash podia mata-la cobri-la de si próprio e reduzi-la a nada como fizera nos seus tempos aureos de monstro ( chegou a estar mais de 3 semanas no top de monstros de Artivális e fora condecorado pelo presidente - toda a gente sabe que em Artivális os monstros tem direito de fazer monstruosidades sem que isso os afecte no IRS ou Segurança Social), mas era visivel o seu espanto no contorcer de pasmos...daquela menina das maravilhas, tão inocente se tocava como louca...que decidiu desencobri-la revelando assim sua pele queimada e mordida por ele... mas ela...a caminhar para o seu climax... dizia... a salivar... "Mais...mais... acaba comigo!"... Glinsparkulash foi ainda mais feroz... chegava aos ossos...tornava.se o monstro de outros tempos porém ouvia um gemer que nunca ouvira... uma vitória sua... o prazer de uma mulher... haverá algo melhor?

Hoje em dia podemos ver Glinsparkulash de novo na janela... a gemer com seu lamento hipnotizante como sempre foi... porém já não vive sozinho ... numa cadeira de rodas e sem pernas ...corre talvez uma das mulheres mais belas de Artivális.

E viveram felizes para sempre?...

3 comments:

Esa said...

E tinham outra opção?
Há quem queira ser preso(a) e depois há quem queira e consiga prender. A Felicidade é um termo dúbio...
Dúbia é também a amizade com que me prendeste, mas perdoo-te por seres o escritor que me apaixona.
Um beijo, Elisa.

Esa said...

E tinham outra opção?
Há quem queira ser preso(a) e depois há quem queira e consiga prender. A Felicidade é um termo dúbio...
Dúbia é também a amizade com que me prendeste, mas perdoo-te por seres o escritor que me apaixona.
Um beijo, Elisa.

Loba Branca said...

Sabes uma coisa???

És mesmo magico!