Monday, June 05, 2006

Mexicana Rendez Vous

A terra… o nome da terra, já não me lembro mais, mas na despedida o céu era vermelho e a poeira irritava a garganta, tinha que sair dali!!!
Deixava para trás a festa de Baco, talvez o momento mais inebriante da minha curta vida.
Ela dizia que tinha voz de puto e que podia dividir a mesma cama com ela, eu tinha chegado à anos, mas aparentava minutos, tal o nervosismo de por tudo à prova, de não me saber invencível, revelando fragilidades e outras desculpas que a impediriam de se revelar.
Do beco escuro, vira homens e mulheres passar, bêbados brindando à luxúria quente da carne, entre ouro e seios, dedos que tudo tomavam seus e casados que riam de a minha sobriedade de permanecer só, sobriedade que desejara perder desde que a tinha visto passar, distinta de tudo o que antes observara.
Dei passos serenos revelando me à cidade e ganhara a nitidez inesperada que ela tivera-me observado muito tempo antes, quase como se aquele corpo alvo de volúpia forte, seguro na cidade ondulante, me tivesse esperado fora do tempo.
Ela era intemporal e perdendo sua mão em meus cabelos … disse baixinho:
- Tu és um menino, não tenhas medo podes dormir na minha cama longe dos maus!
Relutante de orgulho agradeci, era impossível não sentir a sua morna, ela sabia de mim e perto dela não tinha poderes para armar minha bruma, a mesma bruma que mil vezes tinha me feito pardo na escuridão.
Deitou-se nua a meu lado e sentia que a pela dela era fria e branca …ela sabia que eu a observava, seus peitos tigreses e pernas fantasia, sua anca farta e ventre que eu beberia num só trago se pudesse.
Beijou-me devagar e cobriu-me como a noite.
- Eu não posso adormecer – disse ela – tenho medo que os vampiros me venham buscar – e usufruía de mim, comandando ritmos e tempos.
- Ensina-me a controlar o tempo – disse eu alucinado.
Continuava perdido na cidade depois do suar… as melgas já nem esperavam meu adormecer e picavam me, continuava absorvido por aquelas costas…estaria ela a dormir ou pensava também…as costas violão eram em totalidade apetecíveis…
Recordo-me da tatuagem no fim das costas que a meu tempo conduzirei…um desenho de uma cereja e por baixo a frase… Fruto da Imaginação.

2 comments:

Larko said...

Em tempos haviam castelos e rainhas... ainda hoje existem segredos... madrinha!

Anonymous said...

Aprendi muito