Tinha juntado de novo as 3 pedras mágicas pequenas mas enormes em significado uma negra outra vermelha e outra branca todas elas belas todas elas fundadoras de sonhos realidades e caos, sim porque é preciso desordem e angustia para depois nos lábios de uma mulher encontrar finalmente a salvação. Faltavam 24 horas para o mal fadado dia... de São Valentim e perturbado pensei primeiro em iludir-me em admitir o peso de tudo o que carrego em mim.... eu sou pecado, sou traição, sou desejo e loucura, sou façanhas de uma noite, gemidos e medos, sou segredos nos olhos dos quais já esqueci, sou a morte adiada, e nesse dia...penso se não seria mais facil descansar, assumir-me cristão e amar, dividir espaços e ideias... enlaçar-me como hera, e crescer forte com raizes em vez de permanecer suspeita semente ao vento, que pousa em roliço decote ou anca para mais tarde ser sacudido. Tinha juntado as 3 pedras mágicas no bolso e tocava-lhes fazendo rodopiar cada entre os dedos de minha mão, também esta a perguntar-me onde pousaria agora, sem ter reparado tinha me afastado da avidez de outros tempos onde coleccionava as cores mais incriveis, sentia-me tão satisfeito por ter agora só aquelas 3 cores... a negra mulher de noite e mistério de tinta e escritas fascinavam me, seu sangue era negro também como seus olhos, como o poço e tunel escuro, como o medo que ela me levava a sentir, a vermelha era fogo, o calor da carne e pecado a força dos lábios e da marca do baton, gemido bom, pernas e risos, sem pudor sempre viciante sempre com o poder de me tornar animal.... a branca sempre me negara viver para além dos seus sonhos....porém em condição acertava, intocada fazia de seus sonhos minhas mais francas vontades... ela fazia o sol acordar-me primeiro para a ver dormir, o mergulho em profundo azul, o voo do pássaro... o olhar mais luminoso que tudo dizia sem palavras, o abraço...
Assim eram as 3 pedras, minhas pedras meus alicerces, regra daquilo que sou...e vendo-me assim, contemplando o que a vida já me deu... declaro guerra ao santo e se por ventura for ele, o justo vencedor... não temerei em render-me...pois-se todos os santos tem um passado... todos os pecadores tem um futuro.
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