A pensar nela, sem que nada ou ninguem previsse, tinha no bolso uma papel de rascunho, caneta e ali, em cima do balcão ao som de esgroviada musica do velho bar, pensava nela ... Pensava no seu sotaque esloveno em cada palavra em português que proferia, pensava no seu casaco de malha gasto verde escuro, e sua fragil figura, pintainho albino beleza encolhida ... tão gira ficava na escada da rua da bica a dizer me que não namorarias nunca comigo... e não era namoro de facto, era descoberta, tanta tanta descoberta que esquecemos de descobrir o nome a dar a todo o que vivemos, partiste e eu pensei em ti agora que ja passaram meses anos... Talvez por ser Outono outra vez talvez por me sentir agora mais perto de promessas que fiz sinto que aprendi a vagar no tempo, no vento e noite, no riso e viola que ouviamos no telhado.
Agora parto e afinal sou tal como tu...mas também sou marinheiro, dizem que há um mundo debaixo, mesmo debaixo deste chão de madeira...pessoas que vivem de cabeça para baixo vê lá tu!!! E talvez sinta me assim a fazer tipo o pino quase a ser sugado se não me agarrar com força a este chão. Não estás cá para ver o rio... sinto tua falta!
Tantos papeis fragmentos pele velha e gasta que agora cai...vou tentar cuidar deles uma ultima vez...
Friday, April 04, 2008
Pensares ou Leite Creme em noite de Lua Cheia
Publicada por Larko em 2:58 PM
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