Thursday, June 15, 2006

Nada se passa…

Pareces tão compenetrada, espalhaste os papeis por toda a mesa, numa ordem que não me atrevo a questionar, nada parece mais ou tão significativo como este momento, que acontece sempre e que me leva em contra medida a reagir surpreendido, pela excitação que sabes tão bem provocar.
Teu corpo nu a meia-luz, atiça o medo puto, como se fosses meu ultimo esplendor, estás compenetrada nas palavras e imagens do mundo que ficou no lado de fora e embora entendas minha presença e deleite, apresentas-te inflexível quanto às regras.
Vingativo procuro-me distrair com os estilhaços de madeira que ardem na lareira, pelo prazer do método afio o lápis de carvão e construo o resto da casa onde estamos agora, sei que também queres espreitar meus esquiços, tanto como eu quero que t deites com essa pele quente sobre mim como pluma e soprando ao meu ouvido, ameaças morde-lo como se não entendesses que esse respirar é convite a virar-me e torna-lo mais ofegante.
Quero arranhar tuas coxas, quero tuas reivindicações em meus mais taurinos desempenhos, pois se digo que sou melhor é porque quero te melhor pois eu sou a ti igual, permaneces compenetrada com teu cigarro a preto e branco.
Não te quero Aparição… mas também.

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